No ano de 1958 o Sr. José Alves Machado pai do Sr. José Carlos Cardoso Machado fundador e Diretor da Transporte e Turismo Machado Ltda., foi chamado para participar da compra de uma empresa que na oportunidade operava a linha Duque de Caxias x Centenário até então o Sr. José Alves trabalhava numa lotação de motorista e a sua esposa Alice Cardoso Machado de cobradora na ligação Duque de Caxias x Praça Mauá e seus filhos Suely Cardoso Machado e José Carlos Cardoso Machado levavam sua janta diariamente e se divertiam com esse passeio diário . José Alves Machado comprou a linha Duque de Caxias x Centenário com mais dois sócios o Sr. Lima Soares de Almeida e Manoel da Silva Pinho Marques. Exercia a função de dono, mecânico e socorrista usando seu carro particular na época um Cadilac. Tempos depois esta empresa foi chamada de Auto Ônibus Vera Cruz S/A e comprou mais duas linhas, Piabeta x Duque Caxias e Duque de Caxias x Raiz da Serra de uma Empresa chamada Viação Zé Beto. O tempo foi passando até o senhor Manoel resolver sair da sociedade vendendo sua participação para a empresa Transportes Sto. Antônio, que permaneceu durante um breve período até vender sua participação. Então a Auto Ônibus Vera Cruz passou a ter o seguinte quadro societário: José Alves Machado – 45%, Lino Soares de Almeida – 45% e João da Silva Lopes que foi presenteado com a participação de 10% dos quais 5% de José Alves e 5% de Lino Soares, mais tarde essa manobra deixou o Sr. José Alves numa situação desfavorável, pois os 10% cedidos ao Sr. João da Silva veio a se unir com os 45% do Sr. Lino Soares. Quando o Sr. José Alves veio a falecer o Sr. José Carlos Cardoso Machado passou a representar a família Machado dentro da sociedade, quando veio a falecer o Sr. Lino Soares a Sra. Suely Machado também veio a ingressar na empresa com a interferência do Advogado da Auto Ônibus Vera Cruz na época Dr. Manoel Durval, que a convenceu já que a mesma já exercia outra atividade e não tinha interesse no negócio familiar. Então com o ingresso da nova geração na Auto Ônibus Vera Cruz gerou muitas divergências de ideias acarretando muitos conflitos internos chegando a uma situação insustentável prejudicial aos negócios onde chegou-se à conclusão de separar a Empresa por meio de uma cisão. Depois de um ano de idas e vindas, e abrindo mão de muitas coisas a Auto Ônibus Vera Cruz se fundiu e nasce então a Transportes e Turismo Machado LTDA, em 1991.
O início da Transporte Machado foi muito difícil com escritório improvisado na casa da Dona Alice mãe de José Carlos e Suely para depois alugar 2 salas no prédio Fertonanni localizado na Av. Presidente Vargas – Duque de Caxias ficando a operação em Piabetá num terreno que mais parecia um brejo, carros eram arrastados pela manhã para fora da lama do pátio com um cambão para iniciar o seu turno de trabalho. O total da frota na época eram de 27 carros e um chassi que veio a ser o primeiro veículo novo da empresa com o número de ordem RJ162.016 carrocerias da hoje extinta Ciferal. Foi necessário muito trabalho na Garagem de Piabetá para dar o mínimo de condições aos funcionários, pois não tinha nem uma sala e os funcionários ficavam em bancos perto dos tanques de abastecimento durante a colocação dos paralelos no piso e construção do galpão da oficina. Com muito sacrifício um ano após a separação das empresas a Transporte Machado já tinha pavimentado o pátio, feito o galpão e salas para acomodar seus colaboradores. Neste período de implantação a Transporte machado recebeu ajuda de algumas pessoas como, Sr. Isaque da Transporte Sto. Antônio, Sr. José da Viação Vera Cruz, Sr. Odilon Reginas e Sr. Valinhos Transportes Fabios. O tempo foi passando e a Machado operava as ligações do Estado “RJ” Piabetá x Duque de Caxias (via maracanã), Piabetá x Duque de Caxias ( via bongaba) e Imbariê x Duque de Caxias , Nova Campinas x Duque de Caxias como ligações Municipais “DC”, quando em dado momento a associação de moradores de Piabetá com um abaixo assinado contendo mais de 2 mil assinaturas requisitando a Transporte Machado a criação de um serviço complementar Piabetá x Penha e por mais difícil parecesse ser o êxito do pedido foi concedida a criação do pleito. A empresa buscou crédito no mercado e adquiriu 10 carros novos para operar a nova ligação. Quando a linha fez 1 ano de operação foi paralisada em função de uma ação da A.O.V.C. então ficamos impedidos de operar, e com a conta da compra dos 10 carros. Tínhamos que honrar com os pagamentos a empresa então se viu em um período financeiro muito complicado pois perdemos de um mês para outro o faturamento da linha da Penha, tendo a conta a pagar da frota adquirida para o serviço e a ação para defender e reaver o serviço paralisado injustamente e sem razão, pois a AOVC S/A na época da cisão ficou com todas as linhas que operavam pela presidente Kenedy e a Transporte Machado ficou pela W.Luiz de tal modo que não havia nenhum prejuízo econômico conforme alegado para interrupção do serviço. Após um ano obtivemos êxito em uma ação no S.T.F, e voltamos a operar a linha. O transporte estava mergulhado em uma grave crise vitimada pela pirataria que tomava conta de todas as ligações e horários rentáveis. Só na recém recuperada linha Piabeta x Penha tinha mais de 30 kombis fazendo a ligação proporcionando uma queda de mais de 50% de seu faturamento.
O transporte entrou numa situação de inviabilidade sem renovação de frota, falta de pagamento de impostos, atraso no pagamento de funcionários um efeito dominó devastador que assolou todo segmento nas principais capitais do nosso país. Ficamos então numa situação falimentar, quase num beco sem saída, com mais de 20 carros parados sem condições de operar por falta de peças foi quando o sr. Manuel Luiz Alves Lavouras procurou o Sr. José Carlos Cardoso Machado e o ajudou dizendo: ‘‘Não quero comprar a sua empresa, e não acho que você deve vende-la, vou ajudar você, pois já passei por isto e sei muito bem como é. Vou comprar 10 carros novos para você e fazer um contrato de comodato em 36 meses.’’ Com a ajuda do Sr. Manoel, Deus, o início da regulamentação da pirataria, início da bilhetagem eletrônica, adotando uma política de pé no chão e austeridade voltamos a ter capacidade para honrar os compromissos. Nesse período houve uma pessoa muito importante neste processo que foi a entrada na direção administrativa do Sr. Raphael José de Almeida Machado, que pegou como se diz na gíria o touro pela unha e tocou o barco em frente. Não podemos esquecer o grupo de funcionários que na sua grande maioria era remanescente da cisão de 02/01/1991, que no início em um terreno vazio com mais funcionários do que ônibus para rodar disseram a seguinte frase ‘‘Já que somos o time do Olaria e eles são a Seleção Brasileira nós vamos ajudar o homem a levantar esse negócio” e novamente parte desse grupo de funcionários ajudou a reerguer novamente a Empresa Transporte Machado.
Quando os funcionários querem trabalhar juntos ninguém segura. Hoje temos uma garagem nova com todo o conforto para os funcionários, temos uma frota de mais de 100 ônibus com 4 anos de idade média, uma nova geração trabalhando na empresa e a Machado pode se orgulhar da equipe de trabalho que tem. Temos problemas? Claro que sim, mas com certeza são bem menores que em outras épocas. Poderia ficar escrevendo todo este texto, mas com certeza teria muitas magoas e acho que não vale a pena, pois a melhor e maior resposta que podemos dar é a nossa VITÓRIA. Vitória feita com muito trabalho respeitando o direito de todos e só querendo o que é nosso. Hoje a Machado já está prestes a ver nascer uma cria que com certeza vai dar muitos frutos.